Psicoterapia significa a experiência de cura, através da fala, na relação com o outro, ou seja, a mudança e o alívio do sofrimento, falando. Constitui uma prática de cuidado-de-si, tendo atenção a si mesmo, que tem como objectivo compreender-se, orientar-se e dar conta de si mesmo.
Falar externaliza conteúdos psíquicos que contêm afectos negativos, gerando um efeito de alívio; torna-nos mais conscientes da nossa estrutura, permitindo observarmo-nos com maior distância e objectividade; origina um melhor reconhecimento, integração e gestão de afectos, emoções, memórias e experiências e conduz ao estabelecimento de uma relação mais honesta e verdadeira para consigo próprio.
O processo terapêutico é precedido por uma consulta inicial, que tem como objectivo recolher o motivo do pedido e os elementos necessários ao enquadramento do caso em termos clínicos. Nesta consulta, obtém-se uma compreensão da situação psicológica do momento e uma contextualização do funcionamento geral da pessoa. No fim da consulta, é fornecido um parecer clínico, algumas observações sobre a direção da intervenção e informações sobre aspectos concretos do funcionamento da psicoterapia, como horários, feriados, faltas, férias e honorários.
Nalguns casos, no início ou durante o processo, posso recorrer a instrumentos de avaliação psicológica com o fim de compreender áreas específicas do funcionamento da pessoa que não sejam abordadas nas sessões, mas contribuam para a manutenção das suas dificuldades. Os resultados da avaliação são depois partilhados com o paciente e integrados no processo terapêutico.
As sessões realizam-se sempre no mesmo dia da semana, à mesma hora e no mesmo local. A instrução dada ao paciente é que fale sobre si e sobre o que, no seu presente e passado, parece poder estar a contribuir para a sua situação. Ao longo do processo, procuramos compreender mais profundamente a natureza e origem das suas dificuldades, clarificar, organizar e elaborar o material clínico e encontrar novas formas de relação consigo próprio, com o outro e com a vida. A duração da psicoterapia é variável, dependendo das necessidades de cada caso e o processo termina quando o paciente é capaz de mobilizar os recursos adquiridos de maneira autónoma.
Eu trabalho com psicoterapia de apoio, tendo também por base os modelos dinâmico e sistémico e acompanhei, até à data, os seguintes tipos de caso:
- Depressão
- Ansiedade e ataques de pânico
- Excessiva insegurança, dependência, submissão ou rigidez
- Dificuldades nas relações afectivas, familiares ou laborais
- Repetição de padrões de comportamento disfuncionais
- Problemas associados a stress e sobrecarga relacional e/ou laboral
- Luto, perdas e fases de transição de vida
- Recuperação de episódios de descompensação psicótica, juntamente com a toma de medicação
- Outras formas de sofrimento emocional e pessoas que desejam viver melhor consigo próprias e com o outro.